Câmara discute tratamento para usuários de drogas.

por daniel — publicado 01/08/2016 12h39, última modificação 14/08/2020 16h44
Realizada audiência pública para discutir ações contra o uso de Crack e outras drogas.

O crescente número de usuários de drogas, e a violência que acompanha o tráfico há muito tempo deixaram de ser preocupação apenas dos grandes centros. Cada vez mais cidades do interior pelo Brasil afora estão se deparando com este grande mal, e se veem diante de um dilema: como fazer para impedir que os jovens caiam nesta cilada e o que fazer com os tantos outros que já se encontram aprisionados no vício? Foi com o intuito de discutir esta questão, que a Câmara municipal de Unaí realizou no dia 23 de junho de 2015 (terça feira) uma audiência pública para ouvir o povo, e discutir propostas de ação contra o uso de drogas no município. A audiência foi realizada em atendimento ao Requerimento n.º 425/2015, de autoria do Vereador Paulo do Saae (PSL).

Fizeram parte da mesa de honra o Presidente da Câmara, Vereador Zé Lucas, Gilmar Lima, secretário municipal do desenvolvimento social e cidadania, representando o prefeito, CB Daniela Amorim, representando o comandante do 28° BPM, Tem Cel Jair Rosa Lima, Padre Simoníades, representando as comunidades terapêuticas de Unaí, o Pastor José Roberto de Sousa, coordenador das “Cristolândias”, e o Vereador Paulo do Saae.

Estiveram presentes membros das comunidades terapêuticas já existentes em Unaí. Murilo Cardoso, diretor da comunidade terapêutica Rosa Mística, manifestou insatisfação com a falta de assistência da parte do poder público unaiense. “Ano passado nós recebemos 48 enviados da justiça de Paracatu, e destes, eu acredito que mais de 60% deste se tornaram membros produtivos da sociedade”. Afirmou Murilo, depois de afirmar que nenhum recuperando foi enviado pela prefeitura de Unaí neste ano.

O palestrante desta audiência foi o Pastor José Roberto de Souza, que é coordenador geral de um projeto denominado “Cristolândia”, no Distrito Federal e em Goiás. O nome é uma oposição às chamadas “cracolândias”. O pastor falou sobre as dificuldades encontradas neste tipo de trabalho, e da necessidade de preparo para um melhor atendimento. Também mostrou o trabalho das Cristolândias coordenadas por ele, onde são atendidas mais de 160 pessoas entre homens e mulheres, divididos em 5 unidades.

Cabo Daniela Amorim, da Polícia Militar de Minas Gerais, citou o progresso que a policia tem feito no município, na questão da segurança pública e do combate ao crime, destacando o aumento do número de viaturas e as diversas patrulhas que fazem o trabalho preventivo. Ela também falou sobre a importância da participação popular no combate ao tráfico através do “disque denúncia unificado”. O Disque Denúncia da Polícia Militar funciona através do número 181, e a pessoa que faz a denúncia não é identificada.